ALMA VAZIA
Já inventei pessoas
Coloquei-lhes capas
E as enxergava como eu queria.
Fantasiava que eram compreensivas,
Sensatas e doces.
Dava-lhes a roupagem
Que mais me aprouvia.
Enxertava-lhes sentimentos nobres
E vestia-os com fantasias.
Transformava-os em cavalheiros,
Príncipes e sheiks
Aos quais eu me rendia.
Hoje vejo-os nus,
Pobres, de alma vazia.
(Mone – 2012)
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