quinta-feira, setembro 30, 2010

PLENITUDE

Beija-me com tua boca macia...

Com teus lábios sedentos dos meus.

Abraça-me com seus braços fortes

E acolhe-me em teu peito macio.

Sacia a minha sede

E mata meu desejo de ti.

Ah, pudesse esse momento

Perdurar no tempo...

Teus lábios não mais

se distanciariam dos meus;

Nossos corpos se fundiriam

Tornando-se um.

Com o desejo

totalmente saciado

Seriamos plenos!

(Mone -Maio, 2009)

VERDADES

Há palavras

Que é melhor não serem ditas,

Se não saírem do coração.

Há sentimentos

Que é melhor não serem sentidos,

Se não forem pra ser eternos.

Há momentos

Que é melhor não serem vividos

Se não forem para perdurar no tempo.

(Mone – setembro/2009)

RECOMEÇO

Não sinto nada

Não há nada em mim

Me esvaziei de tudo

De sentimentos ocultos

De amores sonhados

Só restou um vazio sem fim.

Então recomeço

Me preencho de flores

Me inundo de cores

Um arco-íris inteiro em mim

(Mone – maio 2010)

quarta-feira, setembro 29, 2010

ESCRITO NA INDIFERENÇA

É preciso saber ler

Ler nas entrelinhas

Ler no que não chegou a ser dito

Ler na indiferença.


Palavras são escritas

Palavras são faladas

Palavras não chegam sequer

A ser pronunciadas

São ditas no silêncio

E lidas pela alma.


Palavras foram ditas no silêncio

E eu as ouvi...

Palavras foram escritas na indiferença

E eu as li...

(Mone – agosto 2010)

terça-feira, setembro 28, 2010

DÁ-ME TEMPO

Dá-me tempo

Pra que eu desça das nuvens

E meus pés voltem a tocar o chão

Dá-me tempo

Para despertar do sonho

E retornar à fria realidade

Dá-me tempo

Até que a magia se desfaça

E o encantamento se quebre

Dá-me tempo

Para perceber

Que não estamos mais na primavera

Do contrário

O choque brusco do despertar

Poderá tornar frio e insensível

Meu coração.

(MONE – julho 2009)

VIDA

Abro os olhos...

Depois de dias sombrios

O sol brilha.

Parece compartilhar da minha alegria.

O azul do céu é imenso.

Nenhuma nuvem paira

Para tirar o seu encantamento.

Sopra uma brisa suave...

Abro a janela

E deixo-a beijar minha face.

Sinto no ar

Promessa de vida...

Cheiro de felicidade.

Meus pés parecem flutuar

Deixo-me levar.

Sigo para onde mandar meu coração.

Não há como resistir.

Minh’alma está inebriada

Respiro, então, profundamente...

E deixo a vida pulsar em mim.

(MONE - maio 2009)