VIDA

Abro os olhos...

Depois de dias sombrios

O sol brilha.

Parece compartilhar da minha alegria.

O azul do céu é imenso.

Nenhuma nuvem paira

Para tirar o seu encantamento.

Sopra uma brisa suave...

Abro a janela

E deixo-a beijar minha face.

Sinto no ar

Promessa de vida...

Cheiro de felicidade.

Meus pés parecem flutuar

Deixo-me levar.

Sigo para onde mandar meu coração.

Não há como resistir.

Minh’alma está inebriada

Respiro, então, profundamente...

E deixo a vida pulsar em mim.

(Mone - maio 2009)

INTENSA VERDADE

Não digo nada por dizer

Não sinto nada por sentir

A verdade é minha amiga

A intensidade minha irmã

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Palavras por vezes

Não traduzem o sentimento

Mas, aliado a um gesto,

Um toque, um olhar.

É capaz de desarmar,

Intensamente desestruturar.

(Mone - novembro 2010)

MEDOS E DESEJOS

Medos e desejos

Sentimentos igualmente

Intensos e contraditórios.

O medo sufoca,

paralisa.

O desejo enlouquece,

Liberta.

Deixo minha alma livre

O desejo me arrebata,

Me eleva

Me domina.

Enfim, êxtase total.

(Mone – agosto 2010)

CONFIDÊNCIA

Me fala de você

Me conta como estás

E sua vida como vai?

Não silencies,

Não te cales,

Nem fujas de mim.

Quero apenas

Em meu peito te aconchegar.

E toda incerteza

Fazer dissipar.

Afastar toda angústia

E depois te deixar

O seu caminho trilhar.

(Mone – setembro 2010)

PLENA

Você é o que preciso hoje...

Neste momento....

Nem mais nem menos

Poderia querer mais...muito mais

Mas me contento

Não que sejas ínfimo ...pequeno

Ao contrário...

Sua grandeza de alma é imensurável

Qualquer partícula tua

Me preenche

(Mone - 2009)

NÃO DESISTA

Cansei de tentar entender o impossível

De lutar contra a maré

Cansei de ver tanta covardia

E falta de coragem pra encarar a vida

Cansei de lutar sozinha

Uma batalha que não é minha

Cansei de caminhar entre farpas e espinhos

Quando ao meu lado floresce uma campina

Cansei de esperar que alguém faça por mim

O que eu mesma faria

Cansei de correr contra o tempo

Pois tudo na vida tem seu momento

Só não cansei de sonhar

De viver e de sorrir

Pois quem não sonha,

Não vive...

Não sabe ser feliz!

(Mone, agosto/2009)

CONFIANÇA

Quero acreditar

Que o caminho pode ser florido

Que quantas vezes cairmos

Podemos levantar.

Quero acreditar

Que o sol nasce a cada dia

Que tudo pode ser possível realizar.

Quero acreditar

Que a esperança se renova

A cada manhã

Basta não desistir e esperar.

Quero acreditar

Que ainda é possível sonhar

Que amanhã é um novo dia

E tudo volta ao seu lugar.

(Mone – agosto/2009)

VAZIO

Sinto a alma vazia

Não há o que dizer

Um deserto domina,

Por inteiro, o meu ser.

As palavras não tem sentido

A música ecoa sem emoção

Até as lágrimas, sem gosto, são.

Busco uma réstia de luz,

Um sopro de esperança

Ou até mesmo uma fagulha

Que reacenda o fogo,

E desperte das cinzas

Um vida em chamas!

(Mone – agosto 2010)

DESAPEGO

Não há promessas

Cobranças ou choro

É um se dar intenso,

Despretencioso.

Provoca uma reviravolta

Sem exigir retorno.

É uma entrega incontida

Com a certeza da partida.

Momento que fica

Pra sempre em outra vida.

(Mone – outubro 2010)

O que é a vida

Senão começos e recomeços?

Etapas vencidas...

Etapas sendo conquistadas.

A cada dia

Um novo capítulo da vida é construído.

Como ela termina?

Depende do que escrevemos hoje.

(Mone – julho 2010)

ALGUM DIA

Algum dia,

Ao deitares,

Seus pensamentos virão até mim

E não conseguirás dormir.

Sentirás falta do meu cheiro

E em desassossego

Chamarás por mim.

Algum dia,

Ao caminhares,

Quando a brisa te tocar a face

Lembrarás do meu beijo

E em desespero,

Correrás para mim.

Algum dia,

Quando os raios do sol,

Ao amanhecer, te despertares

Lembrarás do calor dos meus braços

E os meus abraços

Desejarás sentir.

Algum dia

Desejarás ouvir a minha voz

Olhar-me nos olhos

Tocar a minha pele

E sentirás falta de mim.

(SAM, julho 2009)

INVASÃO

Invadi teus espaços
Quis ser parte do teu ser
Entrei sem pedir licença
Sem questionar teu querer.
Presinto a tua fuga
E nada posso fazer.
Tua vida é inteiramente tua
Permito, então, silenciosamente,
Que vivas como queiras viver.

(Mone - outubro 2010)

Lembrar você

É trazer um passado

Que ainda não passou

É sofrer a mesma dor.

Lembrar você

É sentir o peito

Apertar de emoção

É fazer sofrer

Mais uma vez o coração.

Lembrar você

É parar, estagnar

Não seguir pra onde

A vida me quer levar.

Lembrar você

É esquecer de mim

Do futuro que me espera

E teimo em não seguir

(Mone – setembro 2010)

DÁ-ME TEMPO

Dá-me tempo

Pra que eu desça das nuvens

E meus pés voltem a tocar o chão

Dá-me tempo

Para despertar do sonho

E retornar à fria realidade

Dá-me tempo

Até que a magia se desfaça

E o encantamento se quebre

Dá-me tempo

Para perceber

Que não estamos mais na primavera

Do contrário

O choque brusco do despertar

Poderá tornar frio e insensível

Meu coração.

(MONE – julho 2009)

DESEJOS

Desejo...

Tua boca em minha boca

Teus lábios deslizando sobre a pele

Provocando tremores, delírios e arrepios.

Desejo...

Teus olhos bem fixos nos meus

A perscrutar e desvendar,

Segredos contidos...

Há tempos esquecidos.

Desnudando-me até alcançar

Meu verdadeiro Eu.

Desejo...

Tuas mãos em meu corpo

Qual bússola, abrindo caminhos

Escalando montes, percorrendo atalhos...

Seguindo trilhas outrora desconhecidas

Até encontrar, enfim...

Sôfrego de paixão...

A almejada planície...

(Mone - 2009)

ALMA NUA

Hoje resolvi me despir

dos sonhos vãos e irrealizáveis.

Também abandonei os planos inúteis

e embolorados pelo tempo.

Joguei fora as ilusões

e fantasias infundadas.

Quero meu interior vazio

Para fazê-lo inundar de esperanças.

(Mone – MAIO 2010)

MENINA MULHER

Sou mulher

Sou menina

Às vezes moleca

Às vezes traquina

Sou intensa

Sou sensível

Às vezes ingênua

Às vezes altiva

Sou pequena

Sou franzina

Às vezes melindrosa

Às vezes destemida

Sou esperta

Sou faceira

Às vezes sagaz

Às vezes brejeira

Sou assim

Mosaico em vida

Ora mulher

Ora menina

(Mone – outubro 2010)

PLENITUDE

Beija-me com tua boca macia...

Com teus lábios sedentos dos meus.

Abraça-me com seus braços fortes

E acolhe-me em teu peito macio.

Sacia a minha sede

E mata meu desejo de ti.

Ah, pudesse esse momento

Perdurar no tempo...

Teus lábios não mais

se distanciariam dos meus;

Nossos corpos se fundiriam

Tornando-se um.

Com o desejo

totalmente saciado

Seriamos plenos!

(Mone -Maio, 2009)

VERDADES

Há palavras

Que é melhor não serem ditas,

Se não saírem do coração.

Há sentimentos

Que é melhor não serem sentidos,

Se não forem pra ser eternos.

Há momentos

Que é melhor não serem vividos

Se não forem para perdurar no tempo.

(Mone – setembro/2009)

RECOMEÇO

Não sinto nada

Não há nada em mim

Me esvaziei de tudo

De sentimentos ocultos

De amores sonhados

Só restou um vazio sem fim.

Então recomeço

Me preencho de flores

Me inundo de cores

Um arco-íris inteiro em mim

(Mone – maio 2010)

ESCRITO NA INDIFERENÇA

É preciso saber ler

Ler nas entrelinhas

Ler no que não chegou a ser dito

Ler na indiferença.

Palavras são escritas

Palavras são faladas

Palavras não chegam sequer

A ser pronunciadas

São ditas no silêncio

E lidas pela alma.

Palavras foram ditas no silêncio

E eu as ouvi...

Palavras foram escritas na indiferença

E eu as li...

(Mone – agosto 2010)

DÁ-ME TEMPO

Dá-me tempo

Pra que eu desça das nuvens

E meus pés voltem a tocar o chão

Dá-me tempo

Para despertar do sonho

E retornar à fria realidade

Dá-me tempo

Até que a magia se desfaça

E o encantamento se quebre

Dá-me tempo

Para perceber

Que não estamos mais na primavera

Do contrário

O choque brusco do despertar

Poderá tornar frio e insensível

Meu coração.

(MONE – julho 2009)

VIDA

Abro os olhos...

Depois de dias sombrios

O sol brilha.

Parece compartilhar da minha alegria.

O azul do céu é imenso.

Nenhuma nuvem paira

Para tirar o seu encantamento.

Sopra uma brisa suave...

Abro a janela

E deixo-a beijar minha face.

Sinto no ar

Promessa de vida...

Cheiro de felicidade.

Meus pés parecem flutuar

Deixo-me levar.

Sigo para onde mandar meu coração.

Não há como resistir.

Minh’alma está inebriada

Respiro, então, profundamente...

E deixo a vida pulsar em mim.

(MONE - maio 2009)